domingo, 7 de junho de 2009


MEMORIAL DE LEITURA

Fazer um memorial de leitura...? Trazer à tona lembranças do período de alfabetização... ? Nunca havia pensado nisso. Sou de uma família simples, vinda do campo, que sempre trabalharam no cultivo da terra. As crianças que estudavam era com professores particulares, até a 2ª série. Depois disso, se quisessem continuar os estudos, teria que ser na cidade mais próxima, o que para eles, era muito difícil. Quando terminei a 2ª série meus pais decidiram que deveríamos morar na cidade, no caso Rio Verde-GO, pois meu pai já era um fazendeiro bem sucedido, o que dava condições de tomarem essa decisão. Eles queriam que suas filhas tivessem a oportunidade que eles nunca tiveram. Sendo assim, sempre frequentei escola pública, tendo todo material que era solicitado, participava de todos os eventos e minha mãe sempre comprava livros de histórias infantis. Lembro que tínhamos a coleção de Monteiro Lobato, porém não tenho nenhuma lembrança de minha mãe me contando histórias. Meu interesse pelos livros se deu no contato que tinha com eles na escola e posteriormente em casa, por ter como manuseá-los. Gosto realmente da leitura. Antes do meu contato com os clássicos da literatura, dos quais amei alguns e detestei outros, fiz uma leitura intensa dos romances da série Júlia, Sabrina, Bianca e dos livros de Sidney Sheldon, o que me rendeu muitas broncas por parte da minha mãe. Tive uma queda nas notas da escola, pois deixava de estudar para ler os romances, porém tudo tem seu lado positivo, pois lia o que caía nas mãos. Então também me apaixonei pelas crônicas de Rubem Fonseca (Coleção Para Gostar de Ler), a Série Vaga-lume, Polyanna, O Diário de Anne Frank, entre outros. A graduação foi o período em que amadureci mais as leituras, pois havia um repertório mais diverso e instigante, e era uma leitura que tinha com quem trocar impressões, o que eu considero muito importante para o nosso crescimento pessoal. Devo muito do que sou hoje como pessoa, educadora e leitora, a minha avó, minha mãe, meu pai (sempre um incentivador e contador de “casos”), a minha professora da terceira série Castorina, minha professora da graduação Cleuza Rocha e pós-graduação Dr. Omar Oroma, Dra. Gisele Lira e Dra. Edione Teixeira. Hoje continuo uma leitora apaixonada pela vida, às vezes preguiçosa (afinal sou humana!) e, principalmente não preconceituosa, com o desejo de tornar minhas filhas, meus netos e alunos leitores apaixonados.

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